domingo, 30 de outubro de 2011

DA PRESCRIÇÃO.... À REFLEXÃO

Até há relativamente pouco tempo, o profissional de orientação vocacional era visto como um especialista que, através da aplicação de testes, prescrevia às pessoas/alunos(as) um curso, uma profissão que corresponderia às características individuais do(a) avaliado(a). 

Actualmente, vigora uma perspectiva mais ampla de orientação. O profissional de orientação já não se coloca na perspectiva de orientar em termos de carreira ou plano vocacional, mas de orientar a planificação de vida.

Mais do que apoiar na escolha de um curso ou uma profissão, cabe, ajudar as pessoas/alunos(as) a conhecerem as suas capacidades e competências, a identificarem os seus interesses, desejos e expetativas, para as apoiar na (re)construção do(s) seu(s) projeto(s) de vida.

Hoje, sabemos que o desenvolvimento vocacional é um processo contínuo e que a nossa criatividade e os nossos potenciais podem ser descobertos e melhorados em qualquer altura da vida. 

Cabe-nos, portanto, lançar mãos a novas ferramentas que favoreçam a nossa evolução pessoal e nos preparem melhor para a adaptação ao tempo em que vivemos e que nos permitam descobrir e aperfeiçoar novas competências, muitas das quais não sonhávamos ter.

Neste sentido, deve-se perspetivar a pessoa/aluno(a) como um todo, como pessoa que procura um sentido para a sua vida, que é portadora de uma história única, de expetativas e sonhos.

Não se pode pensar a orientação como uma receita prescrita, mas antes como um processo de reflexão que conduza ao auto conhecimento.