sábado, 16 de junho de 2012

Ontem...e Hoje!!!!

                “Se não acredita no investimento na educação experimente investir na ignorância”

Lembro-me como se fosse hoje. “Estuda para tirar boas notas. Tens de entrar na universidade e tirar um curso superior para seres alguém”.
Durante a minha juventude ouvi este conselho vezes sem conta. Os meus colegas queixavam-se de ouvir o mesmo conselho. Parecia que os pais da minha geração tinham a mesma obsessão: ter filhos “doutores”.
O sonho dos pais era que os filhos fossem médicos, engenheiros ou advogados. Para alcançarem a terra prometida, composta por um bom emprego e uma vida feliz, as famílias faziam grandes sacrifícios para que os filhos entrassem para a universidade. Passadas algumas décadas, pode dizer-se que a política de produzir advogados, médicos e engenheiros, ou “trabalhadores do conhecimento” como preferia chamar-lhes Peter Drucker, foi muito bem-sucedida. Além de ter permitido quebrar o monopólio de privilégios da elite da época, permitiu também o acesso de pessoas das mais variadas origens sociais a melhores oportunidades profissionais.
Contudo, o sistema parece estar esgotado. O reinado dos “especialistas do conhecimento” cheios de títulos académicos que teve acesso a uma vida privilegiada parece ter acabado. Hoje, ter uma licenciatura não dá garantia de ser alguém na vida. Mais, não dá qualquer garantia de emprego, como se comprova pelo número crescente de licenciados que tão bem conhecem o desemprego e o trabalho precário sem quaisquer regalias sociais.Para muitos licenciados, pode mesmo dizer-se que têm o privilégio de não ter privilégios.

Hoje em dia, em conversas com amigos costumo ouvir, com alguma frequência, “o meu filho/a não consegue emprego pelo que está a tirar o mestrado”. Sempre que ouço este desabafo ocorre-me a mesma dúvida: será que com o mestrado vai arranjar emprego com mais facilidade?
Para começar, convém lembrar a enorme revolução em curso no mercado de emprego. Se por um lado, o desemprego está a crescer, por outro, o número de empregos está a decrescer. A isto, acresce, ainda o facto  que, neste cenário de elevada redução de emprego, o número de diplomados no ensino superior tem vindo a subir significativamente.
Neste contexto, a questão central que se coloca aos jovens licenciados é: o que devo fazer para melhorar a minha empregabilidade?
Obviamente, as hipóteses poderão ser múltiplas. No entanto, antes de qualquer decisão é fundamental que cada um faça uma reflexão sobre o que pretende: o que sou, o que quero vir a ser em termos pessoais e profissionais e o que devo fazer para o conseguir.
Concluída a reflexão, para uns, a solução poderá passar por um mestrado mas, para outros, a solução será seguramente bem diferente.

No entanto, uma coisa é certa, devemos compreender que a aprendizagem é, hoje, um processo ao longo da vida
A aprendizagem não é, apenas, sobre “ganhar a vida” mas sobre “aprender e reaprender a viver”. É sobre aprender hoje, aprender amanhã, aprender sempre.”
   

                                
                    

domingo, 10 de junho de 2012

A DIFÍCIL HORA DA ESCOLHA

Aproxima-se, muito rapidamente, um período em que uma parte significativa dos jovens se depara com um ciclo de altas pressões que lhes dificulta viver e pensar o futuro de um modo sereno.
Isto, ainda, num período em que as questões relacionadas com a educação e a escola, são notícia todos os dias pelas mais variadas razões. Muitas delas inquietantes e preocupantes.

Terminado o  Ensino Básico (9ºano), os alunos são confrontados com o momento de decidir sobre a opção vocacional a seguir no Ensino Secundário (10.ºano), nomeadamente,  ao nível dos Cursos Cientifico Humanísticos. Esta transição de ciclos representa, quase sempre, "um choque" para a maioria dos alunos.

Se para uns essa decisão não apresenta dúvidas, para muitos é um momento de difícil escolha.

Enquanto os filhos se preocupam com estas coisas, os pais pensam "se calhar o melhor para ele é fazer uns testes vocacionais no psicólogo"

O que será esta coisa da Orientação Vocacional? Será que os testes são a solução?

No processo de intervenção em Orientação Vocacional como a entendo e pratico, visa-se a exploração do percurso vocacional, numa perspectiva construtiva, ecológica  e desenvolvimental. 
Esta visão ultrapassa, em muito, a mera passagem de testes.Apesar de úteis, os testes devem ser vistos apenas como instrumentos num processo, não a resposta final.


Veja ou descarregue aqui um folheto desdobrável com mais informações.