domingo, 22 de julho de 2012

PORQUE VALE (SEMPRE) A PENA APRENDER!!!!!

Nunca  como hoje se valorizou e estimulou tanto a vontade de aprender. A explicação talvez se deva ao facto de, nunca como hoje as mudanças, em todos os domínios e níveis, serem tão profundas, abrangentes, rápidas e irreversíveis.Neste sentido, cabe-nos lançar a mão a novas ferramentas que favoreçam a nossa evolução pessoal e nos preparem melhor para a adaptação ao tempo em que vivemos e que nos permitam descobrir e aperfeiçoar novas competências, muitas das quais não sonhávamos ter.
Neste âmbito, a educação(formal, não formal e informal) é eficaz quando nos ajuda a enfrentar as crises, as etapas de incerteza, de deceção, de fracasso em qualquer área e nos ajuda a encontrar forças para avançar e achar novos caminhos de realização.
O maior desafio que se nos coloca é aprender a transformar-nos em pessoas cada vez mais humanas, sensíveis, afetivas e realizadas, andando em contra mão de muitas visões materialistas, egoístas, deslumbradas com as aparências.
Tendo presente da importância que outros contextos têm na aprendizagem, é da educação escolar, nomeadamente ao nível do ensino superior, que pretendo aqui realçar. Isto, num momento em que, pessoas importantes na minha vida, concluíram recentemente a sua licenciatura,  e que outras se encontram, também, em processo de conclusão.  
Sou dos que pensa que não é preciso andar na escola para adquirir uma preparação inteletual e humana. No entanto e tendo em conta a minha vivência, a preparação académica, só a escola e todo o ambiente que a integra (interação entre os colegas e os professores) a pode proporcionar.
A visão compartimentada e rígida da atividade dos diferentes grupos etários-os novos são para aprender, os adultos para trabalhar e os velhos para descansar- perde, cada vez mais, oportunidade e sentido. 
Assim, enquanto uns avançam (em muitos dos casos superando adversidades) ao longo do tempo na qualidade da sua aprendizagem, dos desafios, outros parecem que estacionam, que só fazem  manutenção ou até regridem. "Vão vivendo", contentando-se com expetativas mínimas.
De acordo com a leitura de um livro recentemente publicado, "para progredir o ser humano deve aprender o que é grande e o que é pequeno. Quem não introduz novos conhecimentos e matrizes na sua trajétoria pessoal estanca em visões rígidas que não permitem lidar com a vida, não conseguindo colocar-se à prova".
Em jeito de conclusão (e de férias), este foi o meio que encontrei para reconhecer publicamente aqueles e aquelas que, numa fase mais madura das suas vidas, encontram motivos para gostar de aprender mais.


                                        Muitas vezes o impossível é aquilo que nunca se tentou fazer
                                                                             
                                                                                                             Jim Goodwin

domingo, 8 de julho de 2012

Os exames como panaceia da qualidade do ensino/aprendizagem!!!!!!

Este artigo surge em vésperas de serem conhecidos os resultado da 1.ª fase dos exames finais nacionais, do ensino secundário, e tem presente (do meu ponto de vista errado) a convicção, por parte do atual ministro de educação, de que só por haver exames as coisas melhoram.Desde há muito que boa parte do seu pensamento educativo, se assim se pode chamar, se centra na promoção de mais exames como forma de melhorar a qualidade e os resultados dos alunos.

Na linha do que tenho vindo a escrever, reconheço a óbvia importância dos exames, isto porque considero  a avaliação regular como imprescindível.A qualidade do ensino promove-se, é certo e deve sublinhar-se, com a avaliação rigorosa e regular das aprendizagens, naturalmente, mas também com a avaliação do trabalho dos professores, com a definição de currículos adequados e de vias diferenciadas de percurso educativo para os alunos sempre com a finalidade de promover o sucesso educativo e combater o abandono escolar, com a estruturação de dispositivos de apoio a alunos e professores eficazes e suficientes, com a definição de políticas educativas que sustentem um quadro normativo simples e coerente e modelos adequados de organização e funcionamento das escolas, com a definição de objectivos de curto e médio prazo, etc. 

A introdução de mais exames como panaceia da qualidade promove, do meu ponto de vista, o risco do trabalho escolar se organizar centrado na preparação dos alunos para a multiplicidade de exames que realizam.

A defesa de mais exames, como muitas vezes é feita, em nome do combate ao "facilitismo" é, nas mais das vezes, um discurso demagógico, ele sim, "facilitista". No entanto, as referências à exigência e ao rigor vendem bem, ainda que deixem de lado os aspectos mais essenciais da educação, como bem acentua o trabalho da OCDE, isto é, promover a qualificação para todos os alunos.
A questão central da qualidade não é a avaliação, mas os conteúdos e os processos de ensinar e aprender.Os dispositivos de avaliação são uma parte fundamental, imprescindível e integrada de todo este processo e não o fim das aprendizagens como parece ser o entendimento do atual ministro.