terça-feira, 20 de novembro de 2012

NÃO PODEMOS FUGIR-LHES MAS PODEMOS IDENTIFICÁ-LOS

Parece que está inscrito no nosso código genético "atenção, não podemos vencer".
Esta premissa serve para retratar, de algum modo, a sociedade atual. Sobretudo, a de um país que não cresce por culpa do individualismo, da inveja e do pensamento negativo.

O nosso principal "calcanhar de Aquiles" está relacionado com um problema de insatisfação permanente. Somos tradicionalmente insatisfeitos e isso torna-nos muito críticos de tudo e de todos. Revelamos um excesso de preocupação com o trabalho de quem está ao nosso lado e esquecemo-nos de concentrar esforços na construção do nosso próprio caminho. 

Além disso, temos muitas dificuldades em lidar com os êxitos dos outros. 
Entendemos que o sucesso alheio é o nosso insucesso.
Perdemos muitas horas das nossas vidas a cobiçar o que o outro tem, mas raramente estamos dispostos a trabalhar para chegar ao patamar que gostaríamos.

É duro dizê-lo, mas somos muito individualistas, até invejosos, e isso não nos permite ser bem sucedidos.
A somar a tudo isto, pensamos negativo. Todos os dias recebemos informações negativas, estamos sempre a debater os mesmos problemas para os quais nunca encontramos soluções. O "não" torna-se a palavra mais vezes evocada. Desde pequenos somos habituados a ouvir que as coisas são difíceis, que não conseguimos, que não temos, que não nos deixam, que não devemos fazer, que não podemos inovar, ou que não é possível sermos ambiciosos.

Para lidar com tudo isto, nomeadamente ao nível das relações do quotidiano,  é preciso saber detetá-las, primeiro, e adotar medidas defensivas, depois.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

LICENCIADOS EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO: 2002-2005 - FPCE-UP

Já se passaram 7 anos!!!!!!! Muitos de nós, por razões várias, perderam o contacto (muitas vezes só estabelecido através das redes sociais) sobre o percurso, profissional, académico e pessoal, após a conclusão da licenciatura.
De certeza, muitas histórias há para contar...
É neste sentido, também, que pretendo promover  a realização deste Jantar, solicitando a todos a máxima divulgação deste evento.
INSCREVE-TE JÁ!


sábado, 3 de novembro de 2012

Um Olhar Prospetivo sobre...a Orientação Vocacional

Antes de abordar o tema propriamente dito, importa referir  o que é isto de prospetiva. 
De acordo com alguns especialistas, a prospetiva é uma metodologia científica que procura reconhecer o futuro nos dados fornecidos pelo presente. Surgiu em França, por volta dos anos 60, e permite fazer uma previsão a longo prazo, nomeadamente no domínio das ciências humanas.Tem como principal característica antecipar esse futuro, tornando-nos  mais ágeis a reagir e também a identificar oportunidades. Dito de outra forma, privilegia a proatividade.
A minha familiarização com este conceito surgiu, quando da minha passagem pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mais concretamente no GPAR (Grupo de Prospetiva e Análise de Risco) no qual tive o privilégio de fazer parte

Durante décadas privilegiámos a estabilidade das escolhas profissionais. Hoje, sabemos que o desenvolvimento vocacional é um processo contínuo e que a nossa criatividade e os nossos potenciais podem ser descobertos, trabalhados e melhorados em qualquer altura da vida.

Na verdade tudo indica que é assim que as coisas terão que acontecer e, daí também, a necessidade de pensar a questão da vocação e perceber as ajudas que existem nas escolas e fora delas.
Cabe-nos, portanto, lançar a mão a novas ferramentas que favoreçam a nossa evolução pessoal e nos preparem melhor para a adaptação tempo em que vivemos e que nos permitam descobrir e aperfeiçoar novas competências, muitas das quais não sonhávamos ter.
Isto porque, enquanto sintoma de crise, a instabilidade tem a vantagem de nos obrigar a ir mais fundo na procura e desenvolvimentos dos nossos recursos, de maneira a usá-los melhor e o mais plenamente possível para podermos ultrapassar os obstáculos. E se este princípio se aplica em todas as épocas e nas situações mais variadas da nossa vida, neste momento, em concreto, não pode ser mais verdadeiro e oportuno.
Esta necessidade de nos ultrapassarmos traduz-se numa procura de aprofundamento do nosso auto conhecimento. Só isto permite ter uma consciência mais alargada das nossas competências, tornar mais claros os nossos interesses, conhecer desejos e motivações e fazer escolhas mediante esta realidade.


Neste sentido, e para que a Orientação Vocacional possa cumprir com a sua real finalidade, deve ser operacionalizada de maneira coerente, ou seja, mais que informar sobre as carreiras profissionais a Orientação Vocacional deve promover o auto conhecimento do indivíduo. 
Mais do que o ajudar a escolher uma profissão, a Orientação Vocacional deve auxiliar o indivíduo a adaptar-se à vida.