domingo, 1 de março de 2015

"VAMPIROS EMOCIONAIS"

A relação com os outros e connosco próprios é sempre uma relação frágil. Sujeita a inúmeras pressões e condicionada por incontornáveis circunstâncias, pode ficar distorcida ou quebrar-se de um momento para outro. Importa, por isso, perceber a raiz dos mal-entendidos e as fontes dos equívocos.
Isto porque, a maior fonte de problemas de um ser humano é quase sempre outro ser humano. 

No entanto não é menos verdade que a nossa maior fonte de alegria também é sermos humanos com os outros. E os outros connosco. 
Precisamos dos outros para crescer, com tudo o que isso implica de esforço, dificuldades e aprendizagem contínua, mas também de comunhão, alegria e partilha de sentimentos.
Aperfeiçoar a nossa capacidade de conviver com os outros é o desafio que se coloca a todos, mas é importante que tentemos evitar, tanto quanto possível, que estes sejam a causa principal  das nossas frustrações ou  tristezas maiores.Isto porque, há pessoas que nos deixam maldispostos, que nos consomem todas as energias, que nos fazem sentir culpados, que nos fazem questionar, entre outras.

Estas pessoas que adotam diversos perfis psicológicos que, de acordo com alguns psicólogos e psiquiatras, podem ser considerados como "pessoas tóxicas". Isto é, são considerados "vampiros emocionais" que sugam a energia alheia e infernizam a vida dos outros São parasitas sociais que procuram dominar as vítimas para humilhá-las, anulá-las ou destruí-las.

Todos os dias convivemos com tais pessoas que, no entender de alguns especialistas, caraterizam-se sobretudo, por terem uma baixa autoestima.
Não lhes interessa que o êxito que conquistamos tenha sido fruto do nosso trabalho ou do nosso talento. A sua principal preocupação é conseguir estratégias capazes de nos destruir, seja através da depreciação ou da calúnia. Das 10 perfis psicológicos caraterizados no referido artigo, há alguns  cujo comportamento quero aqui, de forma sucinta, enfatizar.

Neste sentido começamos pelo chamado de "vítima queixinhas" como sendo um tipo de pessoa tóxica que transpira negatividade pelos poros.Se algo lhe correr bem, procurará sempre dar a volta à situação para a transformar em qualquer coisa de mau, de negativo. Vê-se a si próprio como uma vítima indefesa. É um indivíduo que vê tudo negro. São pessoas que se estão sempre a queixar, a perguntar por que é que o mundo as trata dessa forma. No entanto são incapazes de fazer seja o que for para sair dessa situação. Vivem zangadas com os outros e consigo próprias.

Para o "medíocre",  a ausência de metas na vida, é uma característica muito própria neste tipo de pessoas. A moleza e a letargia são comportamentos altamente contagiosos. Embora não façam mal a ninguém, apenas a si próprias, são figuras que vivem em permanente letargia.
Manter relações sociais com pessoas medíocres é fazer parte de um grupo de gente tóxica que irá envenenar, pouco a pouco, quem tiver um carácter aberto, empreendedor e dinâmico.

O "intriguista coscuvilheiro" é outra figura tóxica perigosa, pois pode gerar grandes rivalidades no âmbito laboral e não só. O intriguista sente prazer em ser escutado pelos outros. É a sua forma de conquistar prestígio.Tem consciência que para ter público, a mensagem a transmitir deve ter impacto. Como nunca tem algo interessante para contar, inventa. Dirige a calúnia contra  pessoas que não lhe agrada ou que inveja em segredo.

O "depreciador" é um indivíduo que sente prazer em depreciar ou menosprezar os outros. O seu principal objetivo é anular, manipular ou desestabilizar as emoções das suas vítimas. Isto porque, só dessa forma poderá brilhar em todo o seu esplendor.
Tem como principal objetivo na vida, conseguir que a outra pessoa viva desconfiada e insegura, de forma a depender das suas opiniões.
Vive oculto por detrás de uma máscara para esconder o seu mau humor, a sua irritabilidade e a sua falta de controle. É incapaz de se mostrar e de se relacionar tal como é.

Por último, o "invejoso", cuja característica principal é o de passar a vida a desejar o que os outros têm.
É incapaz de triunfar na vida, pelo que fica obcecado com os êxitos alheios. O invejoso tenta acabar com a vítima através da perseguição ou depreciação constantes. Odeia-a pelas conquistas e pelo êxito que alcançou. Desperdiçam tanto tempo a pensar nas outras pessoas que não têm vontade para nada quando têm de se ocupar de si próprias. Os invejosos não suportam as pessoas que ocupam lugares de privilégio. Odeiam quem se esforçou para melhorar a sua qualidade e conseguiu subir na vida. São pessoas que atacam os outros e nunca prosperam.

Embora possam adotar diversos perfis psicológicos, todos partilham duas características: são manipuladores e intratáveis.
Apenas a experiência nos permite detetá-los a tempo e evitar qualquer contacto.