A relação com os outros e connosco
próprios é sempre uma relação frágil. Sujeita a inúmeras pressões e
condicionada por incontornáveis circunstâncias, pode ficar distorcida ou
quebrar-se de um momento para outro. Importa, por isso, perceber a raiz
dos mal-entendidos e as fontes dos equívocos.
Isto porque, a maior fonte de problemas de um ser humano é quase sempre outro ser humano.
No entanto não é menos verdade que a nossa maior fonte de alegria também é sermos humanos com os outros. E os outros connosco.
Precisamos
dos outros para crescer, com tudo o que isso implica de esforço,
dificuldades e aprendizagem contínua, mas também de comunhão, alegria e
partilha de sentimentos.
Aperfeiçoar
a nossa capacidade de conviver com os outros é o desafio que se coloca a
todos, mas é importante que tentemos evitar, tanto quanto possível, que
estes sejam a causa principal das nossas frustrações ou tristezas
maiores.Isto porque, há pessoas que nos deixam maldispostos, que nos consomem todas as energias, que nos fazem sentir culpados, que nos fazem questionar, entre outras.
Estas pessoas que adotam diversos perfis psicológicos que, de acordo com alguns psicólogos e psiquiatras, podem ser considerados como "pessoas tóxicas". Isto é, são considerados "vampiros emocionais" que sugam a energia alheia e infernizam a vida dos outros São parasitas sociais que procuram dominar as vítimas para humilhá-las, anulá-las ou destruí-las.
Todos os dias convivemos com tais pessoas que, no entender de alguns especialistas, caraterizam-se sobretudo, por terem uma baixa autoestima.
Não
lhes interessa que o êxito que conquistamos tenha sido fruto do nosso
trabalho ou do nosso talento. A sua principal preocupação é conseguir
estratégias capazes de nos destruir, seja através da depreciação ou da
calúnia. Das 10 perfis psicológicos caraterizados no referido artigo, há
alguns cujo comportamento quero aqui, de forma sucinta, enfatizar.
Neste sentido começamos pelo chamado de "vítima queixinhas" como sendo um tipo de pessoa tóxica que transpira negatividade pelos poros.Se algo lhe correr bem, procurará sempre dar a volta à situação para a transformar em qualquer coisa de mau, de negativo. Vê-se a si próprio como uma vítima indefesa. É um indivíduo que vê tudo negro. São pessoas que se estão sempre a queixar, a perguntar por que é que o mundo as trata dessa forma. No entanto são incapazes de fazer seja o que for para sair dessa situação. Vivem zangadas com os outros e consigo próprias.
Para
o "medíocre", a ausência de metas na vida, é uma característica muito
própria neste tipo de pessoas. A moleza e a letargia são comportamentos
altamente contagiosos. Embora não façam mal a ninguém, apenas a si
próprias, são figuras que vivem em permanente letargia.
Manter
relações sociais com pessoas medíocres é fazer parte de um grupo de
gente tóxica que irá envenenar, pouco a pouco, quem tiver um carácter
aberto, empreendedor e dinâmico.
O
"intriguista coscuvilheiro" é outra figura tóxica perigosa, pois pode
gerar grandes rivalidades no âmbito laboral e não só. O intriguista
sente prazer em ser escutado pelos outros. É a sua forma de conquistar
prestígio.Tem consciência que para ter público, a mensagem a transmitir
deve ter impacto. Como nunca tem algo interessante para contar, inventa.
Dirige a calúnia contra pessoas que não lhe agrada ou que inveja em
segredo.
O
"depreciador" é um indivíduo que sente prazer em depreciar ou
menosprezar os outros. O seu principal objetivo é anular, manipular ou
desestabilizar as emoções das suas vítimas. Isto porque, só dessa forma
poderá brilhar em todo o seu esplendor.
Tem
como principal objetivo na vida, conseguir que a outra pessoa viva
desconfiada e insegura, de forma a depender das suas opiniões.
Vive
oculto por detrás de uma máscara para esconder o seu mau humor, a sua
irritabilidade e a sua falta de controle. É incapaz de se mostrar e de
se relacionar tal como é.
Por último, o "invejoso", cuja característica principal é o de passar a vida a desejar o que os outros têm.
É
incapaz de triunfar na vida, pelo que fica obcecado com os êxitos
alheios. O invejoso tenta acabar com a vítima através da perseguição ou
depreciação constantes. Odeia-a pelas conquistas e pelo êxito que
alcançou. Desperdiçam tanto tempo a pensar nas outras pessoas que não
têm vontade para nada quando têm de se ocupar de si próprias. Os
invejosos não suportam as pessoas que ocupam lugares de privilégio.
Odeiam quem se esforçou para melhorar a sua qualidade e conseguiu subir
na vida. São pessoas que atacam os outros e nunca prosperam.
Embora possam adotar diversos perfis psicológicos, todos partilham duas características: são manipuladores e intratáveis.
Apenas a experiência nos permite detetá-los a tempo e evitar qualquer contacto.
Apenas a experiência nos permite detetá-los a tempo e evitar qualquer contacto.
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