terça-feira, 3 de maio de 2016

REFLEXÃO...



A poucos dias de comemorar mais um aniversário, gostaria de partilhar a minha opinião sobre a importância da celebração desta data. Pode parecer divertido, desejável e importante, mas esta celebração não é vista da mesma forma por todos nós.
Neste entendimento, a questão essencial, mais profunda, é que a comemoração do aniversário leva-nos a refletir sobre a nova vida e a questionar as nossas prioridades. É uma época de balanço.
O que sabemos é que a comemoração do aniversário, ou de qualquer outro marco importante da nossa vida, contribui para a construção equilibrada da noção do Eu. Contribui, também, para sedimentar a consciência de quem somos e sobre a fase do percurso de vida em que nos encontramos bem como, o caminho a seguir. Daí considerar-se que a velhice não depende da idade, mas das ilusões por cumprir e que existe uma velhice biológica e uma psicológica.
Ninguém gosta de envelhecer. Envelhecer pode significar um golpe emocional difícil de ultrapassar gerando efeitos psicológicos como a angústia, a ansiedade, a tristeza e, por vezes, a depressão. Estes efeitos psicológicos surgem com a perda da nossa autonomia, do nosso autocontrolo, das nossas capacidades mentais e biológicas, da nossa autoestima e da nossa capacidade de sentirmos úteis, capazes e desejadas.
Para contrariar e gerir melhor a passagem dos anos devemos, entre outras, cuidar de nós com carinho, isto é, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ter uma boa autoestima; não parar de fazer planos e ter objetivos; manter a paixão pela vida e pelos outros; mantermo-nos em atividade, fazer exercício físico sem esquecer o treino cerebral; nunca deixar de aprender, de estudar, de conhecer novas realidades; cuidar da saúde; não deixar de fazer o que gostamos por ser complicado ou impróprio para a idade; não nos isolarmos e, sobretudo, não pensar no envelhecimento como o fim da vida.
Uma pessoa é velha quando começa a olhar mais para trás do que para a frente, quando se concentra mais nos factos passados do que nos projetos futuros.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

SABER, É PERGUNTAR



A vida tem-me ajudado a entender, perguntando e perguntando-me, algo que de início não parecia tão claro. Quando hoje se discute o nível de conhecimentos das pessoas, desde os mais novos aos mais velhos, é que se evidencia essa suposta ausência de conhecimento, seja em contexto escolar, seja em contexto profissional.
Não deixando de estar atento, fico também inquieto pelas perguntas que não fazem, nomeadamente ao nível do ensino, e que, não querendo ser injusto com muitos excelentes professores, foram "aprendendo" a não fazer.
Neste entendimento, considero que, aos poucos vão-nos fazendo acreditar que é melhor ter as respostas do que fazer as perguntas.

A pergunta é importante, a resposta é inteligente. A pergunta desestabiliza, a resposta valoriza.

A pergunta é o desassossego e a inquietação, a resposta é a tranquilidade.

A pergunta é a dúvida e a incerteza, a resposta é a segurança e a certeza.

A pergunta é a discussão, a resposta é a conformidade.

A pergunta é o receio, a resposta é a confiança.

A pergunta é a subversão, a resposta é a submissão.


Cada vez mais me convenço que, tão ou mais importante como saber dar respostas,
é saber fazer perguntas. Elas trazem as respostas.