quarta-feira, 13 de julho de 2011

Problemas da e na Escola

Pensar que a escola pode reformar a sociedade e colmatar as assimetrias sociais existentes é colocar uma grande responsabilidade e exigência à escola.Acredito que esta possa dar um contributo significativo, uma vez que é uma instituição vocacionada para formar as gerações mais novas, mas esperar que todos os males sociais sejam resolvidos por ela, é irrealista.

A Escola, enquanto instituição da modernidade, continua constituída (quanto a mim erradamente) segundo uma matriz que já não resulta:"ensinar a muitos como se fossem um só". Neste sentido, continua a lidar mal com a diferença. 

A frequência da escola por todos os alunos, sem descriminação de ordem económica, social, cultural ou étnica, tem como consequência a transformação directa em problemas escolares de todos os problemas sociais. Problemas que decorrem da  pobreza, do desemprego, mas também, dos que afectam cada vez mais a sociedade actual, como a toxicodependência, a violência juvenil, as doenças sexualmente transmissíveis, a desestruturação das famílias, entre outros.

Assim, todos os problemas sociais tornaram-se problemas escolares.

A resposta a essa transformação tem sido, até ao momento, a de alargar progressivamente as funções dos professores. Isto é, para além de ensinar, o/a professor/a tem de ser assistente social, mãe ou pai perante situações de carência afectiva, psicólogo, polícia, entre outras.Ou seja, já não basta aos professores dominar, apenas, a sua área científica.

Neste entendimento, é minha opinião, que se exige demasiado à escola e aos professores. Este alargamento desmesurado de funções e de responsabilidades poderá, de alguma forma, ser apontado como uma das principais causas do mal estar que afecta a Escola.

Na minha perspectiva, além de ser necessário um reassumir das responsabilidades por parte das famílias e da sociedade, a Escola, tem de ser uma instituição igualitária e, ao mesmo tempo, respeitar a diversidade.

Outra das formas de superar estes problemas passa pela integração, por parte da Escola, de outros profissionais (o assistente social, o psicólogo, o licenciado em ciências da educação "educólogo") que, com os professores (sem nunca perder de vista as suas funções) sejam  capazes de responder ao conjunto de problemas sociais existentes.

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