domingo, 28 de outubro de 2012

Por uma Escola de qualidade...

A principal marca que tem caraterizado a educação no nosso país, nos últimos anos, pode traduzir-se numa só palavra: instabilidade. Tem-se manifestado de forma particular na reorganização da rede escolar e dos planos e programas escolares; na avaliação dos docentes e não docentes; no estatuto do aluno e, sobretudo no processo de autonomia.
Embora se fale muito da autonomia das escolas, de facto, as medidas de política educativa efetivamente concretizadas por todos os governos(incluindo o atual), apontam num sentido contrário. A produção normativa do Ministério da Educação expressa diariamente uma permanente ingerência em áreas que, no meu entender, deveriam ser da exclusiva competência da gestão escolar. Só o respeito e a promoção deste processo é capaz de proporcionar o sucesso de qualquer política que se oriente para a melhoria do serviço público de educação e, consequentemente, para uma Escola de qualidade. Aqui entendida, como sendo a que tem a capacidade de satisfazer, antecipar e exceder as necessidades explícitas ou implícitas bem como as expetativas dos alunos, pais, funcionários e administração, tendo sempre presente a sua missão.
Escola de qualidade, que tem por preocupação, formar cidadãos ativos, esclarecidos, autónomos e socialmente intervenientes, com capacidades de aprendizagem permanente de "aprender a ser, de aprender a aprender, de aprender a fazer, de aprender a estar com os outros"
Esta escola de qualidade só é possível com o alargamento da capacidade de decisão nas escolas. Para isso é necessário, entre outras, que as escolas públicas disponham de quadros e equipas de dirigentes com elevados níveis de qualificação, nomeadamente ao nível das diversas vertentes da gestão escolar.

Sem comentários:

Enviar um comentário