sábado, 29 de dezembro de 2012

Novas competências...precisa-se!!!

Vivemos um tempo de permanente mudança e o que define e carateriza essa mudança é a economia. Globalizada e ferozmente competitiva, exige de todos nós atitudes, competências e conhecimentos muito diferentes daqueles que se consideravam suficientes em épocas anteriores. 

Atualmente, tudo está posto em causa, a incerteza é a única certeza.

Longe vão os tempos em que um emprego para toda a vida era a norma e em que as baixas qualificações eram suficientes para o desempenho profissional da maioria das pessoas. 

Hoje, a realidade é bem diferente.

Neste contexto, e corroborando com o pensamento de um reconhecido autor, "vivemos um novo conceito de sociedade que necessita de um novo conceito de cidadão".

De um cidadão que se sente obrigado a envolver-se num trabalho incessante de formação e reformação; de aquisição e reaquisição de competências, sobretudo comportamentais como: a atitude positiva, a auto motivação, a auto confiança, a capacidade de resolução de conflitos, a capacidade trabalho em equipa, a criatividade, a flexibilidade e adaptabilidade à mudança e a resistência ao stress;  de preparação para uma vida de procura permanente de um emprego.

Sendo o fim de ano uma época propícia à reflexão e à formulação de votos de ano novo próspero, investir na educação/formação torna-se, cada vez mais, uma necessidade premente.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

NÃO PODEMOS FUGIR-LHES MAS PODEMOS IDENTIFICÁ-LOS

Parece que está inscrito no nosso código genético "atenção, não podemos vencer".
Esta premissa serve para retratar, de algum modo, a sociedade atual. Sobretudo, a de um país que não cresce por culpa do individualismo, da inveja e do pensamento negativo.

O nosso principal "calcanhar de Aquiles" está relacionado com um problema de insatisfação permanente. Somos tradicionalmente insatisfeitos e isso torna-nos muito críticos de tudo e de todos. Revelamos um excesso de preocupação com o trabalho de quem está ao nosso lado e esquecemo-nos de concentrar esforços na construção do nosso próprio caminho. 

Além disso, temos muitas dificuldades em lidar com os êxitos dos outros. 
Entendemos que o sucesso alheio é o nosso insucesso.
Perdemos muitas horas das nossas vidas a cobiçar o que o outro tem, mas raramente estamos dispostos a trabalhar para chegar ao patamar que gostaríamos.

É duro dizê-lo, mas somos muito individualistas, até invejosos, e isso não nos permite ser bem sucedidos.
A somar a tudo isto, pensamos negativo. Todos os dias recebemos informações negativas, estamos sempre a debater os mesmos problemas para os quais nunca encontramos soluções. O "não" torna-se a palavra mais vezes evocada. Desde pequenos somos habituados a ouvir que as coisas são difíceis, que não conseguimos, que não temos, que não nos deixam, que não devemos fazer, que não podemos inovar, ou que não é possível sermos ambiciosos.

Para lidar com tudo isto, nomeadamente ao nível das relações do quotidiano,  é preciso saber detetá-las, primeiro, e adotar medidas defensivas, depois.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

LICENCIADOS EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO: 2002-2005 - FPCE-UP

Já se passaram 7 anos!!!!!!! Muitos de nós, por razões várias, perderam o contacto (muitas vezes só estabelecido através das redes sociais) sobre o percurso, profissional, académico e pessoal, após a conclusão da licenciatura.
De certeza, muitas histórias há para contar...
É neste sentido, também, que pretendo promover  a realização deste Jantar, solicitando a todos a máxima divulgação deste evento.
INSCREVE-TE JÁ!


sábado, 3 de novembro de 2012

Um Olhar Prospetivo sobre...a Orientação Vocacional

Antes de abordar o tema propriamente dito, importa referir  o que é isto de prospetiva. 
De acordo com alguns especialistas, a prospetiva é uma metodologia científica que procura reconhecer o futuro nos dados fornecidos pelo presente. Surgiu em França, por volta dos anos 60, e permite fazer uma previsão a longo prazo, nomeadamente no domínio das ciências humanas.Tem como principal característica antecipar esse futuro, tornando-nos  mais ágeis a reagir e também a identificar oportunidades. Dito de outra forma, privilegia a proatividade.
A minha familiarização com este conceito surgiu, quando da minha passagem pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mais concretamente no GPAR (Grupo de Prospetiva e Análise de Risco) no qual tive o privilégio de fazer parte

Durante décadas privilegiámos a estabilidade das escolhas profissionais. Hoje, sabemos que o desenvolvimento vocacional é um processo contínuo e que a nossa criatividade e os nossos potenciais podem ser descobertos, trabalhados e melhorados em qualquer altura da vida.

Na verdade tudo indica que é assim que as coisas terão que acontecer e, daí também, a necessidade de pensar a questão da vocação e perceber as ajudas que existem nas escolas e fora delas.
Cabe-nos, portanto, lançar a mão a novas ferramentas que favoreçam a nossa evolução pessoal e nos preparem melhor para a adaptação tempo em que vivemos e que nos permitam descobrir e aperfeiçoar novas competências, muitas das quais não sonhávamos ter.
Isto porque, enquanto sintoma de crise, a instabilidade tem a vantagem de nos obrigar a ir mais fundo na procura e desenvolvimentos dos nossos recursos, de maneira a usá-los melhor e o mais plenamente possível para podermos ultrapassar os obstáculos. E se este princípio se aplica em todas as épocas e nas situações mais variadas da nossa vida, neste momento, em concreto, não pode ser mais verdadeiro e oportuno.
Esta necessidade de nos ultrapassarmos traduz-se numa procura de aprofundamento do nosso auto conhecimento. Só isto permite ter uma consciência mais alargada das nossas competências, tornar mais claros os nossos interesses, conhecer desejos e motivações e fazer escolhas mediante esta realidade.


Neste sentido, e para que a Orientação Vocacional possa cumprir com a sua real finalidade, deve ser operacionalizada de maneira coerente, ou seja, mais que informar sobre as carreiras profissionais a Orientação Vocacional deve promover o auto conhecimento do indivíduo. 
Mais do que o ajudar a escolher uma profissão, a Orientação Vocacional deve auxiliar o indivíduo a adaptar-se à vida.

  

domingo, 28 de outubro de 2012

Por uma Escola de qualidade...

A principal marca que tem caraterizado a educação no nosso país, nos últimos anos, pode traduzir-se numa só palavra: instabilidade. Tem-se manifestado de forma particular na reorganização da rede escolar e dos planos e programas escolares; na avaliação dos docentes e não docentes; no estatuto do aluno e, sobretudo no processo de autonomia.
Embora se fale muito da autonomia das escolas, de facto, as medidas de política educativa efetivamente concretizadas por todos os governos(incluindo o atual), apontam num sentido contrário. A produção normativa do Ministério da Educação expressa diariamente uma permanente ingerência em áreas que, no meu entender, deveriam ser da exclusiva competência da gestão escolar. Só o respeito e a promoção deste processo é capaz de proporcionar o sucesso de qualquer política que se oriente para a melhoria do serviço público de educação e, consequentemente, para uma Escola de qualidade. Aqui entendida, como sendo a que tem a capacidade de satisfazer, antecipar e exceder as necessidades explícitas ou implícitas bem como as expetativas dos alunos, pais, funcionários e administração, tendo sempre presente a sua missão.
Escola de qualidade, que tem por preocupação, formar cidadãos ativos, esclarecidos, autónomos e socialmente intervenientes, com capacidades de aprendizagem permanente de "aprender a ser, de aprender a aprender, de aprender a fazer, de aprender a estar com os outros"
Esta escola de qualidade só é possível com o alargamento da capacidade de decisão nas escolas. Para isso é necessário, entre outras, que as escolas públicas disponham de quadros e equipas de dirigentes com elevados níveis de qualificação, nomeadamente ao nível das diversas vertentes da gestão escolar.

domingo, 14 de outubro de 2012

A desigualdade não fica à porta da escola.

Pela primeira vez, desde que são divulgadas as classificações das escolas, vulgarmente conhecidas por rankings, foi possível cruzar os resultados dos exames nacionais com a origem social dos alunos, nomeadamente as condições socioeconómicas e a escolaridade dos pais. 
Curiosamente, os estudos publicados até então, concluem invariavelmente pela “supremacia das escolas privadas face às públicas”, que as escolas do litoral apresentam genericamente melhores indicadores que as do interior, como seria de esperar num país assimétrico e litoralizado, sendo ainda que os polos de Lisboa, Coimbra, Porto e Braga acolhem as escolas que genericamente melhores resultados evidenciam, que as escolas das regiões autónomas e do interior do país mostram mostram globalmente piores indicadores, etc. E assim foi este ano com as naturais excepções atribuídas ao esforço e competência dos professores e colaboração das famílias.
Por isso, parece-me claro que, para quem conhece minimamente o país educativo, estes dados são obviamente previsíveis.
Embora entenda que os dados relativos aos resultados dos alunos possam e devam ser tratados e divulgados, a minha questão é saber:
 “Qual o contributo significativo da organização e divulgação destes “rankings” para a melhoria da qualidade do sistema?”. 
Apesar de reconhecer algumas melhorias, são poucas as consequências ao nível de alteração de política educativa, sobretudo para as escolas com alunos com piores resultados.
Relembro, por exemplo, que o MEC definiu como critério de atribuição do crédito de horas para programas de apoio aos alunos, entre outras iniciativas, os resultados dos alunos ou seja, as melhores escolas terão mais horas para apoios e as que mais precisariam, são justamente as que menos terão. 
De acordo as palavras do Professor Joaquim Azevedo, publicadas no jornal Público, temos que contrariar a cultura de apoiar só as escolas com melhores resultados e encontrar formas de apoio e responsabilização para as escolas com alunos com piores resultados.
Sendo um defensor intransigente de uma cultura e prática de exigência, avaliação e qualidade, entendo  que  é preciso,  alertar  para as fragilidades e os efeitos perversos potenciados pelos rankings.
É reconhecido que existem escolas, privadas e públicas que recusam matrículas de alguns alunos para proteger a sua posição no ranking.

Concretamente aos resultados publicados, pelos mais diversos meios de comunicação, verificou-se o que há muito tempo venho referindo. Isto é, há fatores, sociais e económicos, entre outros, que influenciam os resultados escolares dos alunos.
Vivemos num país cheio de desigualdades e cada vez mais desequilibrado. O facto de todos os grupos sociais estarem na escola, sobretudo na pública, leva a que todos os problemas sociais se tornem problemas escolares.

domingo, 7 de outubro de 2012

MUDAR...

Viver o dia a dia sem grandes percalços e desassossego, dá-nos, de uma maneira geral tranquilidade e segurança. No entanto, os tempos que vivemos não são, nem de tranquilidade nem de segurança. Neste contexto, mais do que procurar segurança, devemos procurar oportunidades.Para isso é necessário mudar. 

Assim, mudar pode significar e pressupor uma rutura com o conhecido e uma partida para o desconhecido. Esta "caminhada" nem sempre é fácil e pacífica, podem surgir ameaças, conflitos e desordens. Há sempre um risco que se corre no meio de angústias e perguntas sobre o sentido da mudança. 

Toda a mudança requer esforço, entusiasmo, confiança e uma grande dose de perseverança. Mas, mais ou tão importante que tudo isto, é a consciência de que vale a pena mudar.Isto porque, seja de feitio, de hábitos, de casa, de trabalho, entre outras, qualquer mudança implica um processo de auto conhecimento e um investimento em nós próprios. 
Dito de outro modo, a mudança deve inscrever-se numa estratégia de vida, seguir uma lógica evolutiva que permita ir mais fundo no conhecimento e compreensão de si mesmo. 

Mudar é quase sempre uma atitude construtiva e pode trazer benefícios aos próprios e aos que nos estão mais próximos.Isto porque, mudar qualquer coisa em nós ou nos nossos hábitos não implica que estejamos errados. 
Muitas vezes as coisas correm bem e, mesmo assim, há que fazer pequenos ajustes, mudar para poder evoluir. A mudança é, deste modo, uma porta que se abre para o interior e não para o exterior.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O caminho faz-se caminhando...

Embora pareça uma frase demasiada banal, é disso mesmo que se trata quando falamos da vida, do presente e do futuro. Sobre o destino sabemos muito pouco. Ou nada, mesmo. A única certeza é que, em grande medida, havemos de colher amanhã o que semeámos hoje. Mas a vida é muito maior do que nós e pode oferecer muitas surpresas. Que podem ser boas e más. É, sobretudo, na forma como lidamos com aquilo que a vida traz que se tece o nosso destino. Isto é, o destino não nos espera no fundo do caminho. Constrói-se hoje, um dia atrás do outro e resulta em grande medida de tudo o que fazemos, sentimos e pensamos, das escolhas e das opções que tomamos.

sábado, 8 de setembro de 2012

O que são "PESSOAS TÓXICAS" e algumas das suas caraterísticas

A relação com os outros e connosco próprios é sempre uma relação frágil. Sujeita a inúmeras pressões e condicionada por incontornáveis circunstâncias, pode ficar distorcida ou quebrar-se de um momento para outro. Importa, por isso, perceber a raiz dos mal-entendidos e as fontes dos equívocos.
A maior fonte de problemas de um ser humano é quase sempre outro ser humano. 
No entanto não é menos verdade que a nossa maior fonte de alegria também é sermos humanos com os outros. E os outros connosco. 
Precisamos dos outros para crescer, com tudo o que isso implica de esforço, dificuldades e aprendizagem contínua, mas também de comunhão, alegria e partilha de sentimentos.
Aperfeiçoar a nossa capacidade de conviver com os outros é o desafio que se coloca a todos, mas é importante que tentemos evitar, tanto quanto possível, que estes sejam a causa principal  das nossas frustrações ou  tristezas maiores.
A este propósito e decorrente da leitura de um artigo, recentemente publicado numa conhecida revista cientifica, há certas pessoas que adotam diversos perfis psicológicos que, de acordo com alguns psicólogos e psiquiatras, podem ser considerados como "pessoas tóxicas". Isto é, de acordo com estes mesmos especialistas, são como vampiros emocionais que sugam a energia alheia e infernizam a vida dos outros
São parasitas sociais que procuram dominar as vítimas para humilhá-las, anulá-las ou destruí-las.Todos os dias convivemos com tais pessoas que, no entender de alguns especialistas, caraterizam-se sobretudo, por terem uma baixa autoestima.
Não lhes interessa que o êxito que conquistamos tenha sido fruto do nosso trabalho ou do nosso talento. A sua principal preocupação é conseguir estratégias capazes de nos destruir, seja através da depreciação ou da calúnia. Das 10 perfis psicológicos caraterizados no referido artigo, há alguns  cujo comportamento quero aqui, de forma sucinta, enfatizar.

Neste sentido começamos pelo chamado de "vítima queixinhas" como sendo um tipo de pessoa tóxica que transpira negatividade pelos poros.Se algo lhe correr bem, procurará sempre dar a volta à situação para a transformar em qualquer coisa de mau, de negativo. Vê-se a si próprio como uma vítima indefesa. É um indivíduo que vê tudo negro. São pessoas que se estão sempre a queixar, a perguntar por que é que o mundo as trata dessa forma. No entanto são incapazes de fazer seja o que for para sair dessa situação. Vivem zangadas com os outros e consigo próprias.

Para o "medíocre",  a ausência de metas na vida, é uma característica muito própria neste tipo de pessoas. A moleza e a letargia são comportamentos altamente contagiosos. Embora não façam mal a ninguém, apenas a si próprias, são figuras que vivem em permanente letargia.
Manter relações sociais com pessoas medíocres é fazer parte de um grupo de gente tóxica que irá envenenar, pouco a pouco, quem tiver um carácter aberto, empreendedor e dinâmico.

O "intriguista coscuvilheiro" é outra figura tóxica perigosa, pois pode gerar grandes rivalidades no âmbito laboral e não só. O intriguista sente prazer em ser escutado pelos outros. É a sua forma de conquistar prestígio.Tem consciência que para ter público, a mensagem a transmitir deve ter impacto. Como nunca tem algo interessante para contar, inventa. Dirige a calúnia contra  pessoas que não lhe agrada ou que inveja em segredo.

O "depreciador" é um indivíduo que sente prazer em depreciar ou menosprezar os outros. O seu principal objetivo é anular, manipular ou desestabilizar as emoções das suas vítimas. Isto porque, só dessa forma poderá brilhar em todo o seu esplendor.
Tem como principal objetivo na vida, conseguir que a outra pessoa viva desconfiada e insegura, de forma a depender das suas opiniões.
Vive oculto por detrás de uma máscara para esconder o seu mau humor, a sua irritabilidade e a sua falta de controle. É incapaz de se mostrar e de se relacionar tal como é.

Por último, o "invejoso", cuja característica principal é o de passar a vida a desejar o que os outros têm.
É incapaz de triunfar na vida, pelo que fica obcecado com os êxitos alheios. O invejoso tenta acabar com a vítima através da perseguição ou depreciação constantes. Odeia-a pelas conquistas e pelo êxito que alcançou. Desperdiçam tanto tempo a pensar nas outras pessoas que não têm vontade para nada quando têm de se ocupar de si próprias. Os invejosos não suportam as pessoas que ocupam lugares de privilégio. Odeiam quem se esforçou para melhorar a sua qualidade e conseguiu subir na vida. São pessoas que atacam os outros e nunca prosperam.

Embora possam adotar diversos perfis psicológicos, todos partilham duas características: são manipuladores e intratáveis.
Apenas a experiência nos permite detetá-los a tempo e evitar qualquer contacto.

domingo, 22 de julho de 2012

PORQUE VALE (SEMPRE) A PENA APRENDER!!!!!

Nunca  como hoje se valorizou e estimulou tanto a vontade de aprender. A explicação talvez se deva ao facto de, nunca como hoje as mudanças, em todos os domínios e níveis, serem tão profundas, abrangentes, rápidas e irreversíveis.Neste sentido, cabe-nos lançar a mão a novas ferramentas que favoreçam a nossa evolução pessoal e nos preparem melhor para a adaptação ao tempo em que vivemos e que nos permitam descobrir e aperfeiçoar novas competências, muitas das quais não sonhávamos ter.
Neste âmbito, a educação(formal, não formal e informal) é eficaz quando nos ajuda a enfrentar as crises, as etapas de incerteza, de deceção, de fracasso em qualquer área e nos ajuda a encontrar forças para avançar e achar novos caminhos de realização.
O maior desafio que se nos coloca é aprender a transformar-nos em pessoas cada vez mais humanas, sensíveis, afetivas e realizadas, andando em contra mão de muitas visões materialistas, egoístas, deslumbradas com as aparências.
Tendo presente da importância que outros contextos têm na aprendizagem, é da educação escolar, nomeadamente ao nível do ensino superior, que pretendo aqui realçar. Isto, num momento em que, pessoas importantes na minha vida, concluíram recentemente a sua licenciatura,  e que outras se encontram, também, em processo de conclusão.  
Sou dos que pensa que não é preciso andar na escola para adquirir uma preparação inteletual e humana. No entanto e tendo em conta a minha vivência, a preparação académica, só a escola e todo o ambiente que a integra (interação entre os colegas e os professores) a pode proporcionar.
A visão compartimentada e rígida da atividade dos diferentes grupos etários-os novos são para aprender, os adultos para trabalhar e os velhos para descansar- perde, cada vez mais, oportunidade e sentido. 
Assim, enquanto uns avançam (em muitos dos casos superando adversidades) ao longo do tempo na qualidade da sua aprendizagem, dos desafios, outros parecem que estacionam, que só fazem  manutenção ou até regridem. "Vão vivendo", contentando-se com expetativas mínimas.
De acordo com a leitura de um livro recentemente publicado, "para progredir o ser humano deve aprender o que é grande e o que é pequeno. Quem não introduz novos conhecimentos e matrizes na sua trajétoria pessoal estanca em visões rígidas que não permitem lidar com a vida, não conseguindo colocar-se à prova".
Em jeito de conclusão (e de férias), este foi o meio que encontrei para reconhecer publicamente aqueles e aquelas que, numa fase mais madura das suas vidas, encontram motivos para gostar de aprender mais.


                                        Muitas vezes o impossível é aquilo que nunca se tentou fazer
                                                                             
                                                                                                             Jim Goodwin

domingo, 8 de julho de 2012

Os exames como panaceia da qualidade do ensino/aprendizagem!!!!!!

Este artigo surge em vésperas de serem conhecidos os resultado da 1.ª fase dos exames finais nacionais, do ensino secundário, e tem presente (do meu ponto de vista errado) a convicção, por parte do atual ministro de educação, de que só por haver exames as coisas melhoram.Desde há muito que boa parte do seu pensamento educativo, se assim se pode chamar, se centra na promoção de mais exames como forma de melhorar a qualidade e os resultados dos alunos.

Na linha do que tenho vindo a escrever, reconheço a óbvia importância dos exames, isto porque considero  a avaliação regular como imprescindível.A qualidade do ensino promove-se, é certo e deve sublinhar-se, com a avaliação rigorosa e regular das aprendizagens, naturalmente, mas também com a avaliação do trabalho dos professores, com a definição de currículos adequados e de vias diferenciadas de percurso educativo para os alunos sempre com a finalidade de promover o sucesso educativo e combater o abandono escolar, com a estruturação de dispositivos de apoio a alunos e professores eficazes e suficientes, com a definição de políticas educativas que sustentem um quadro normativo simples e coerente e modelos adequados de organização e funcionamento das escolas, com a definição de objectivos de curto e médio prazo, etc. 

A introdução de mais exames como panaceia da qualidade promove, do meu ponto de vista, o risco do trabalho escolar se organizar centrado na preparação dos alunos para a multiplicidade de exames que realizam.

A defesa de mais exames, como muitas vezes é feita, em nome do combate ao "facilitismo" é, nas mais das vezes, um discurso demagógico, ele sim, "facilitista". No entanto, as referências à exigência e ao rigor vendem bem, ainda que deixem de lado os aspectos mais essenciais da educação, como bem acentua o trabalho da OCDE, isto é, promover a qualificação para todos os alunos.
A questão central da qualidade não é a avaliação, mas os conteúdos e os processos de ensinar e aprender.Os dispositivos de avaliação são uma parte fundamental, imprescindível e integrada de todo este processo e não o fim das aprendizagens como parece ser o entendimento do atual ministro.




sábado, 16 de junho de 2012

Ontem...e Hoje!!!!

                “Se não acredita no investimento na educação experimente investir na ignorância”

Lembro-me como se fosse hoje. “Estuda para tirar boas notas. Tens de entrar na universidade e tirar um curso superior para seres alguém”.
Durante a minha juventude ouvi este conselho vezes sem conta. Os meus colegas queixavam-se de ouvir o mesmo conselho. Parecia que os pais da minha geração tinham a mesma obsessão: ter filhos “doutores”.
O sonho dos pais era que os filhos fossem médicos, engenheiros ou advogados. Para alcançarem a terra prometida, composta por um bom emprego e uma vida feliz, as famílias faziam grandes sacrifícios para que os filhos entrassem para a universidade. Passadas algumas décadas, pode dizer-se que a política de produzir advogados, médicos e engenheiros, ou “trabalhadores do conhecimento” como preferia chamar-lhes Peter Drucker, foi muito bem-sucedida. Além de ter permitido quebrar o monopólio de privilégios da elite da época, permitiu também o acesso de pessoas das mais variadas origens sociais a melhores oportunidades profissionais.
Contudo, o sistema parece estar esgotado. O reinado dos “especialistas do conhecimento” cheios de títulos académicos que teve acesso a uma vida privilegiada parece ter acabado. Hoje, ter uma licenciatura não dá garantia de ser alguém na vida. Mais, não dá qualquer garantia de emprego, como se comprova pelo número crescente de licenciados que tão bem conhecem o desemprego e o trabalho precário sem quaisquer regalias sociais.Para muitos licenciados, pode mesmo dizer-se que têm o privilégio de não ter privilégios.

Hoje em dia, em conversas com amigos costumo ouvir, com alguma frequência, “o meu filho/a não consegue emprego pelo que está a tirar o mestrado”. Sempre que ouço este desabafo ocorre-me a mesma dúvida: será que com o mestrado vai arranjar emprego com mais facilidade?
Para começar, convém lembrar a enorme revolução em curso no mercado de emprego. Se por um lado, o desemprego está a crescer, por outro, o número de empregos está a decrescer. A isto, acresce, ainda o facto  que, neste cenário de elevada redução de emprego, o número de diplomados no ensino superior tem vindo a subir significativamente.
Neste contexto, a questão central que se coloca aos jovens licenciados é: o que devo fazer para melhorar a minha empregabilidade?
Obviamente, as hipóteses poderão ser múltiplas. No entanto, antes de qualquer decisão é fundamental que cada um faça uma reflexão sobre o que pretende: o que sou, o que quero vir a ser em termos pessoais e profissionais e o que devo fazer para o conseguir.
Concluída a reflexão, para uns, a solução poderá passar por um mestrado mas, para outros, a solução será seguramente bem diferente.

No entanto, uma coisa é certa, devemos compreender que a aprendizagem é, hoje, um processo ao longo da vida
A aprendizagem não é, apenas, sobre “ganhar a vida” mas sobre “aprender e reaprender a viver”. É sobre aprender hoje, aprender amanhã, aprender sempre.”